Tractores com atrelados adquiridos pelo governo apresentam avarias em menos de dois meses

Em menos de dois meses após a entrega, alguns dos tratores com atrelados adquiridos pelo governo moçambicano para uso nas zonas rurais da província do Niassa já apresentam avarias, gerando preocupações sobre a eficácia e durabilidade do projeto. A iniciativa faz parte de um projeto piloto lançado em 2025, que destinou 10 tratores com atrelados para transporte rural em várias províncias do país, incluindo Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia e Manica (Integrity Magazine).

O programa tinha como objetivo melhorar a mobilidade de pessoas e mercadorias em áreas rurais com infraestrutura limitada, facilitando o escoamento da produção agrícola e promovendo maior integração econômica. No entanto, as primeiras falhas técnicas nos veículos têm gerado debates sobre a viabilidade da solução e sobre se realmente atende às necessidades das comunidades locais.

Nas redes sociais, cidadãos têm questionado a adequação dos tratores com atrelados, sugerindo que alternativas mais robustas e adaptadas às condições rurais poderiam ser mais eficazes. Alguns comentadores afirmam que, apesar da boa intenção do governo, o projeto carece de planejamento mais aprofundado e manutenção preventiva para garantir sua sustentabilidade.

O Presidente da República, Daniel Chapo, comentou sobre a situação, afirmando que os tratores foram alocados conforme as necessidades específicas de cada região, e que serão destinados prioritariamente às zonas com maiores dificuldades logísticas (Presidência de Moçambique). Chapo garantiu ainda que o governo está atento às falhas e pretende implementar medidas corretivas para que o programa cumpra seus objetivos.

Enquanto isso, as comunidades rurais do Niassa aguardam soluções práticas, à medida que o debate sobre a durabilidade e funcionalidade dos tratores continua. Especialistas sugerem que a experiência deve servir para ajustes futuros, de modo que projetos de transporte rural possam efetivamente melhorar a mobilidade e o desenvolvimento local.

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